11 de Março de 1799

Um habitante de S. Domingos (Mr. Duclos, que foi oficial do Regimento Cape-Français) me informou que, não havendo naquela ilha madeira suficiente, queimam nos engenhos de cana-de-açúcar o bagaço da cana, e que este é muito suficiente para todas as operações que exigem o fogo; que se servem de potassa sobre as fôrmas para tornar o açúcar branco, mas que usam também do barro, como no Brasil, e me não soube dizer a diferença do uso ou do efeito; talvez lhe deitar a potassa depois de o ter clarificado com o sangue de boi, e muitas vezes de cal, a qual dizem ser boa no açucar, em razão do álcali que se desenvolve depois no estômago. Este mesmo sujeito me asseverou que em S. Domingos se cultiva a verdadeira cochinilha, e que foi introduzida depois de Mr. de Fionvilhe por um segundo que a trouxe do México; disse-me que eram uns pequenos animais vermelhos como cabeças de alfinetes, no que me parece se engana, pois que lhe deviam parecer bons sendo sempre coberto com uma espécie de cotão branco.

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