15 de Maio de 1799

Em um dos papéis de novidades desta cidade, achei que Mr. H. G. tinha escrito uma carta à Sociedade Filosófica da América, em Filadélfia, datada de 22 de junho de 1795, em que ele dava parte do método de conservar as árvores frutíferas doentes, que é o seguinte, já experimentado e achado útil e bem sucedido: os talos ou rebentos (stems) e raízes das árvores circunvizinhas foram despojados da terra que os cobria e então examinei uma grande quantidade de buracos da grandeza de... (gimblet) ordinários; metendo-lhe uma cata deitaram fora alguns bichos cabeludos de cor esbranquiçada, exceto a cabeça, que era pardacenta, com focinho agudo, perto de uma polegada de comprimento e que tinha um movimento de revolução (boring motion). O método para os destruir: mergulhei em óleo de baleia ou azeite de peixe folhas de pergamaços (Arctium lapa), comprimindo-as para as fazer ensopar bem, e depois envolvi com a parte afetada, e cobri com a terra que tinha tirado. Um galão e meio me preservou vinte árvores. Os eflúvios do óleo deviam matá-los bem depressa; mas, como as propriedades da natureza nos são muitas vezes descobertas por acasos sem a nossa indústria, será próprio observar aqui que havia três árvores debaixo das quais havia colmeias com abelhas, que pela minha experiência soube que era de um nascimentoou idade recentes; achei que tinha sido afetado pelo vapor do óleo. A razão pode ser que como estes vermes são muito porosos o ar entrando nos buracos os mata, pelo que sou de opinião que, se descobrirem as árvores na raiz, como disse que fiz, acima, na primavera, e cobrirem outra vez antes do inverno, isto pode corresponder ao efeito desejado, como tirar os fungos ou gomos do corpo da árvore debaixo das quais os vermes se geram. Observando um montão ou embrulho, do tamanho de um ovo de galinha, perto da terra 18 polegadas, parti-o e achei nele dois tubos perto de uma polegada que acabavam na mesma ponta, e que pareceu originarem-se na casca mais interior da árvore e gomo; estes tubos estavam quase cheios de vermes, perto de 8, de uma polegada de lonjura, vivos, espertos, e as cabeças com o movimento circular; eles se dissolveram todos no ar. Cortando a árvore um pouco mais, achei a mãe e lhe pus uma gota de óleo na cabeça enrodilhou-se e morreu instantaneamente. Visto que estou tratando esta matéria, me será perdoável continuar as minhas observações um pouco adiante. Há alguns anos a esta parte que todos se queixam de que os pessegueiros morrem muito depressa: será talvez a razão porque antigamente eles eram plantados no campo onde o chão não tinha esterco, e agora se plantam nos jardins onde há uma grande quantidade de estercos, em que se geram estes vermes; porque eu me lembro de um grande pessegal em o condado de Bergen, neste Estado que foi plantado nisto que se chama outeiros de ares (Sana hills), e sou de opinião que este pessegal é do ano de 1738, quando eu o conheci em 1776 sobre este outeiro, e penso que ainda existe. O chão era tão solto que nos ventos fortes os redemoinhos faziam buracos perto do pessegal tão grandes que descobriam as sepulturas dos naturais. Sendo rapaz costumava ir apanhar pedrinhas, cascos d’índios, arpões dos mesmos, etc., que o vento descobria. Agora se pode acertar com experiências pouco dispendiosas, se conjeturo bem em supor que a terra areenta é melhor para esta qualidade de ervas, etc. New Jersey, 10 maio de 1799.

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