31 de Agosto de 1799

Hoje, deixei New York, às 3 horas da tarde, fazendo-me a vela em um paquete para New Port. O paquete era uma pequena escuna, com uma câmara maior que uma nau; tinha de cada lado duas ordens de beliches, uma por cima da outra, faziam por todos 24 beliches, e mais dois camarotes fechados, que eram para as passageiras.
Paguei de passagem 9 pesos por mim e 4 ½ pelo criado, com obrigação de me darem mantimentos. Pelas 5 ½ passamos Hell-Gate (Porta do Inferno), oito milhas distante da cidade; isto é um estreito formado por duas pontas de terra entre Long-Island e York-Island; aqui, faz a água tremendos redemoinhos e vórtices são ocasionados pela estreiteza da passagem, e por uma corda de rocha dos que cruzam o canal de uma parte à outra, e que se pode conjecturar pela parte que aparece na superfície da água. Alguns supuseram que estes vórtices eram ocasionados pelo encontro das águas da maré, que na parte meridional deste canal correm ao Norte, e na parte setentrional correm ao Sul, e, como em alguma parte se deviam encontrar, se supôs ser aqui, mas, hoje, está exactamente acertado que este ponto é em Frogs, algumas milhas acima. O capitão do paquete, inda que sempre tem andado nesta carreira, não se atreveu a passar sem piloto, e depois que passamos o canal ele nos deixou e se foi num pequeno bote em que veio unir-se a nós em New York. Só um hábil piloto se atreve a passar este canal com maré favorável,
ou parada, mas vento forte. Às 6 horas o Capitão mandou a terra a buscar leite e foi a lancha a uma quinta em Long-Island. O sonho e gritaria do meu criado.

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