27 de Dezembro de 1799

Fui ver à sala da Sociedade Filosófica os ossos do animal desconhecido a que chamam Mammuth; havia um pedaço de tíbia, a parte superior; o nó do fémur; a parte do osso ísquio, onde encaixa a cabeça do fémur; parte de uma mandíbula inferior, com dentes; uma porção de dentição despegada; outro pedaço de queixada, que deixa bem ver que o animal entra na classe dos brutos; uma vértebra dorsal, com as apófises, que parecem ser a 5ª ou 6ª vértebras (estes ossos não parecem ser o Megatherium, do Paraguai). Um americano, Mr. Turner, o autor de uma memória sobre a marmota, me disse que esperava o verão que vem ajuntar um esqueleto inteiro deste animal, e Mr. Peale me disse que estava com as mesmas intenções, e que para isso mandava seu filho viajar o interior da campanha.

Strahlemberg, na sua descrição histórico-geográfica, observa que o nome russo deste animal é Mammoth que é uma corrupção de Memoth, que significa o mesmo que o Behemot, de Hob. Esta palavra se aplica a todo animal de uma grandeza extraordinária, por exemplo: Fyhd é nome arábico do elefante de uma grandeza ordinária, porém, quando é de uma grandeza fora do comum, sempre lhe ajuntam o adjectivo Mehemodi.
Em Genese o preço de serrar nos engenhos é a metade do pau serrado, ou 6 dólares por um milheiro de paus serrados.
Já houve quem julgasse que os ossos do Mammoth eram de algum gigante, e isto se produziu como prova de uma Passagem do Genesis (Cap. VI, v. 4), o que se acha em uma das memórias das transacções filosóficas da Sociedade Real de Londres no ano de 1714 (veja-se Abregé des transactions de la Société Royale de Londres, vol. 10, p. 262).

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