25 de Janeiro de 1799
Aqui, usam sempre de cavalos nos carros, carretos, carrinhos, arados, etc.; porém, um instruído lavrador me disse que os bois faziam muito mais conta para estes misteres: 1º, porque se lhe aproveitava a carne e o couro; 2º, porque comiam menos e, por isso, a sua nutrição custa menos que a do cavalo; 3º, porque os arreios para os cavalos são muito dispendiosos; ao que fiz uma objecção: que os arreios aqui eram os mais simples possíveis, mas ele me retorquiu com um cálculo que mostrou ser bem dispendioso o arreio de um cavalo na agricultura. Também me disse que a White e Red Clover eram indignos daqui, e que eram muito preferíveis ao guinea grass.
Hoje, estive numa orquestra, que se deu em benefício dum músico francês, etc. Assistiu um índio, destes gentios, que, pela cor, olhos, grossura do corpo e músculo, largura das espáduas, gestos, acento da fala, etc., não era senão um índio do Brasil, e se assemelhava principalmente aos Minuanos; ele estava vestido à inglesa, e tinha no chapéu o tope de federalista ou voluntário, que agora aqui se usa; atendia muito enquanto tocava ou cantava, e no fim de uma ária, que cantou uma mulher, quando ela fez alguns estacatos trinados, ele deu uma grande risada, que me pareceu não ser risada de prazer, mas de ridículo.
Hoje, estive numa orquestra, que se deu em benefício dum músico francês, etc. Assistiu um índio, destes gentios, que, pela cor, olhos, grossura do corpo e músculo, largura das espáduas, gestos, acento da fala, etc., não era senão um índio do Brasil, e se assemelhava principalmente aos Minuanos; ele estava vestido à inglesa, e tinha no chapéu o tope de federalista ou voluntário, que agora aqui se usa; atendia muito enquanto tocava ou cantava, e no fim de uma ária, que cantou uma mulher, quando ela fez alguns estacatos trinados, ele deu uma grande risada, que me pareceu não ser risada de prazer, mas de ridículo.
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