16 de Setembro de 1799

Esta manhã, fui com uma carta de Mr. Dickins ouvir o Dr… de Water-House, em Cambridge; achei-o a dar a sua lição sobre os elementos primos e combinação da matéria, no que, para explicar como os corpos crescem, admitiu alma até nas pedras, para mostrar que as diferentes combinações da matéria produzem diferentes qualidades. Misturou duas substâncias brancas, que ele disse haviam mudar de cor, mas tal coisa não aconteceu; ele atribuiu isto ao ar, etc. Chama às suas lições “natural philosophy”, e, pela exposição que fez, tem de explicar no curso das suas lições em seis meses: História Natural, Física e Química! O quarto era espaçoso e ornado com grandes retratos dos instituidores de diversas cadeiras: Washington, Ams., etc. Passei depois à livraria que consta de 1.800 volumes, a principal parte de Teologia, e muitas obras repetidas, porque, sendo composta de doações de particulares, muitas vezes se encontram 3 exemplares do mesmo livro. Os livros não estão arranjados segundo a ordem de ciência mas segundo os doadores; assim, estão em diferentes gabinetes os livros de Teologia, de História, etc. Há, porém, a Enciclopédia, e muitas outras bela obras. Fui depois ao Museum, que apenas merece este nome, pois consta principalmente de vestidos e armas dos índios, que inda que na Europa seja raridade, neste pais é uma coisa muito comum. Havia um navio feito de vidro: as cordas, e tudo o mais de vidro, que digno de ver-se. Havia 4 ou 5 quadrúpedes empalhados mas tão mal que não tinham mais que a pele de semelhante. Há, também, uma dúzia ou mais de vidros com espírito de vinho, onde estavam algumas cobrinhas naturais deste país conservadas. No tal quarto grande havia uma pequena linda colecção de minerais, que foi um presente que a terrível República (França), disse-me o Dr., fez a este colégio. Quando saí, estavam os estudantes à mesa, olhei da porta para o quarto, e o comer fedia em lugar de cheirar; as mesas eram muito porcas, os estudantes de chapéu na cabeça, etc. Disse-me o doutor que as despesas de um estudante não montavam a mais de 2 dólares por semana, e um papel que me deu, na conta que Stuart deu a um, são quase 9 dinheiros por quartel ou 3 meses; mas este não se loja no colégio. Fui depois a sua casa, que é defronte, e me mostrou uma pequena colecção de plantas secas, que tinha em um livro, coisa de 100 entre elas; havia bonitas e bem preservadas espécimes de Cassia Chamai Chista ou American Sonna; Poá, broom grassassium, assim chamado porque é de que fazem as bassoiras na América; Panicum Tenuflor, Elynus, Panicum Cirgatum, Arenlus Virginiana; Wild Horse Chesmet, – a raiz desta planta é usada em lugar de sabão, e lava melhor que nenhum outro álcali; Poligala Senaka, Rattle-Snoke-Root Ceanothus Americanus, New Jersey ba, Robinia Rhus Toxicodendron, Sophora Tinctoria, Wild Indigo, etc. Deu-me More-Sueto um copo de vinho, e disse-me que uma campainha que tocava chamava por ele, o que era mentira; em consequência me fui embora, etc. Entre as curiosidades do Museum havia uma grande escritura em um papel a que eles chamam characters ou Deighton Rochs, que estão gravados nestes rochedos e se supõem ser escritura dos índios.

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