30 de Setembro de 1799

Hoje, parti na stage para Germantown onde mora o Coronel Forest, e tendo jantado, etc., com ele aí fiquei. Tem uma filha de 14 anos que toca cravo, canta, desenha e sabe francês. (Explicou-me a razão da batalha que aqui se deu, e perdeu pelo General Washington, que foi porque, quando o general mandou tocar um tambor de trégua para falar à gente da casa de pedra, os americanos, que estavam na coluna da esquerda, cuidaram que era toque de retirada e voltaram para trás, sem que achassem oposição, e, como era tropa indisciplinada, os oficiais não puderam fazer nada; isto me disse o mesmo Coronel Forest.) À tarde fui passear com ele e trouxemos uma grande quantidade de plantas, que eu quis dessecar.

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29 de Setembro de 1799

Hoje, sendo domingo, fui procurar Guilleman que não achei; dirigi-me a Hamilton, lá jantei, e encontrei Guilleman, o qual me explicou a razão das diferenças entre os comissários ingleses e americanos, e vem a ser que os americanos devem pagar em moeda esterlina, que ele interpreta moeda de Inglaterra, e os americanos querem que sejam bastantes os pagamentos que fizeram em papel-moeda, no tempo da sua maior depreciação, e obrigando a receber, etc. Vi no Mr. H. o caffe do Kentucky. Aqui me encontrei com o Coronel Forest que me ofereceu a sua casa para passar lá alguns dias, o que eu imediatamente aceitei.

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28 de Setembro de 1799

Parto de Springfield às 4 horas da manhã, e às 8 estávamos no pouso do almoço em Bambrook, 20 milhas já passadas, porém, tendo se rebentado um correão do coche, fomos obrigados a esperar até às 11 que ele se compusesse. Jantamos daqui 24 milhas em Peny-Town onde paguei por nós três, dois dólares; passamos depois o Delaware em uma ferry onde entrou coche e tudo, e o barco andava à vara, e tendo mudado de stage em New-Town, distante de Filadélfia 24 milhas, vi aqui um meeting para a eleição onde dançavam e se embebedavam antes de votar: tratava-se de nomear os inspetores para governador, etc.; à noite tendo chegado às 10 ½ a Filadélfia não achei estalagem que me quisesse receber, e por fim fui parar ao Valle onde tinha estado.

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27 de Setembro de 1799

Pela manhã o paquete não quis partir para New York com medo da febre, e por isso fomos obrigados a partir de manhã em uma escuna, em que pagamos cada um mais um dólar por pessoa, além de termos pagado por inteiro a passagem ao capitão, apesar de nos não levar onde queríamos. Cheguei ao cais, não entrei à cidade com medo da febre e... a barca onde tomei às 4 horas a stage em que parti para Filadélfia pelo novo caminho de Swift-Sure; à noite pousamos em Springfield 18 milhas da ferry; paguei a ceia e cama, e me fui ao leito tendo tido todo o tempo da stage uma grande, livre, conversação com a companheira de viagem.

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26 de Setembro de 1799

Pela manhã, tínhamos viajado quando acordei algumas milhas. Ao meio-dia estávamos em New-Haren, e à noite fundamos ao pé de Hollgate, sem mais novidade.

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25 de Setembro de 1799

Hoje, pela manhã, o meu hóspede me apresentou o seu bill, no qual me carregou um dia de mais 3 dólares de vinho que lhe não pedi, e depois de alguma reflexão que lhe fiz me restituiu só meio dólar; isto não é admiração, porque quase sempre assim me acontece. Um sujeito que morava comigo me pediu tomasse debaixo da minha protecção uma francesa que tinha vindo de Filadélfia a New-Port para alguns negócios, e que não falava nem entendia uma só palavra inglesa; e é de notar que está na América há 6 anos; com efeito, tomei conta dela porque é casada, e seu marido, um negociante rico, que está na Havana para onde ela vai; chama-se Prans, se bem me lembro. À noite fundeamos em Black Point, em Connecticut, tendo feito 60 milhas de viagem porque o vento era muito fraco fronteiro.

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23-24 de Setembro de 1799

Estes dois dias se passaram sem alguma coisa de novo, e por isso os conto como um borrão negro no meu diário.

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22 de Setembro de 1799

Domingo. Observa um almanaque que há nos Estados Unidos, presentemente, 7 universidades, 16 colégios e 60 academias. Um bostonense, que loja comigo, teve a impudência de dizer a um inglês, hoje à ceia, que as universidades de Inglaterra e Escócia estavam 50 anos mais atrasadas que a Universidade de Cambridge, em Boston. Esta anedota para mim, que observei a tal Universidade, me prova bem o orgulho e a petulância dos americanos. No “Repository of Arts and Manufactorys”, de Londres, cuido é o 2º volume, há um extrato das actas da Academia de Lisboa, duma memória de Vandelli com um galante comento.

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21 de Setembro de 1799

Hoje, passei o dia a escrever sem adquirir uma só idéia nova. À noite fui ao teatro que é uma casa de grandeza proporcionada à terra; e a representação constou de algumas muito más pantomimas; toda a orquestra do teatro constava de um homem calvo e velho, que tocava uma muito má e desafinada rabeca.

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20 de Setembro de 1799

Esta manhã parti para New-Port, no paquete todo o resto como dia 7 deste mês (o bote ou paquete em que vínhamos custa preparado ao mais 500 dólares). Um sujeito que esteve na Geórgia me
deu esta informação sobre o algodão: cada hill contém três pés que produzem 4 th. e ocupam 2 pés de terreno.
Assim que desembarquei me procurou o quaker Mr. Alocum que mostrou a casa de Mr. Brinton onde me hospedei.

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19 de Setembro de 1799

Parti em uma stage; paguei 6 dólares por mim e pelo rapaz, e, como a mala pesava mais do que devia, paguei mais meio dólar.
Jantei em Wrentam e paguei 2 dólares por mim e criado; à noite estava em Providência, e pousei na casa em que pousei da outra vez, e paguei esta manhã 1 dólar e 75 cêntimos, recebi o meu baú que tinha vindo num vagão de Boston e paguei 1 ½ dólares, mas o homem queria 2 dólares; sempre costumam chupar mais, se podem.

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18 de Setembro de 1799

Hoje, fui com o Dr. Fleet ver a prisão que é muito má, mas nela só havia 35 presos por todos. Este mesmo foi quem me mostrou ontem a Alms House, porque ele é o médico de ambas as instituições. Fui depois ver o Dispensatório da cidade de que tenho as regras no caderno de observações nº 5 e visitei com ele alguns dos seus doentes.
À noite, fui com o Dr. Dexter a um Clube onde estavam 12 pessoas; conversaram insipidamente sobre vários objetos, beberam, comeram alguma fruta fresca e passada, e depois de duas horas de clube nos retiramos. O dono da casa era um primo-irmão do Presidente, e tem estalagem ou boarders, como eles lhes chamam.

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17 de Setembro de 1799

Fui ver a Alms House, que é um muito mau edifício ao pé do Mall; gente velha é que habitava principalmente esta casa: teria 100 pessoas.
A casa é indigna, o tratamento sofrível, mas a tranqüilidade perfeita. Entre os doidos havia uma mulher que gritava continuamente que temia ir para o inferno, para onde supunha ir indefectivelmente. Falei hoje com um lavrador de Georgetown em S. Carolina que me disse que a plantação do tabaco lá era diferente da que usam aqui, porque no sul não se lhe cortam os topes, mas muitas folhas, de modo que as outras ficam grossas e densas, talvez por esta razão; disse-me o mesmo, a respeito do arroz, que o costumavam aguar com diques, que fazem nos rios onde a maré opera, mas que provam a água para saber se tem sal, porque a menor quantidade de água salgada mataria o arroz; disse-me, havia diversas qualidades de engenhos para o descascar, que todos foram inventados 20 anos a esta parte, pois antes os não havia, e que cada vez se melhoram mais e aperfeiçoam. O algodão é uma muito proveitosa cultura porque um rapaz é tão serviçal como um homem, o que não acontece no tráfico do arroz, anil, etc. O Coronel Wade Hamton espera fazer este ano 18.000 th. esterlinas em algodão das suas plantações. Tem-se feito muitas experiências a respeito do cânamo que dão todas as esperanças, e naquele mesmo lugar há um Mr. Dupris (se bem me lembro), que está ocupado em publicar tudo quanto é preciso (sic) saber- se pelos lavradores para o melhoramento da agricultura do país.

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16 de Setembro de 1799

Esta manhã, fui com uma carta de Mr. Dickins ouvir o Dr… de Water-House, em Cambridge; achei-o a dar a sua lição sobre os elementos primos e combinação da matéria, no que, para explicar como os corpos crescem, admitiu alma até nas pedras, para mostrar que as diferentes combinações da matéria produzem diferentes qualidades. Misturou duas substâncias brancas, que ele disse haviam mudar de cor, mas tal coisa não aconteceu; ele atribuiu isto ao ar, etc. Chama às suas lições “natural philosophy”, e, pela exposição que fez, tem de explicar no curso das suas lições em seis meses: História Natural, Física e Química! O quarto era espaçoso e ornado com grandes retratos dos instituidores de diversas cadeiras: Washington, Ams., etc. Passei depois à livraria que consta de 1.800 volumes, a principal parte de Teologia, e muitas obras repetidas, porque, sendo composta de doações de particulares, muitas vezes se encontram 3 exemplares do mesmo livro. Os livros não estão arranjados segundo a ordem de ciência mas segundo os doadores; assim, estão em diferentes gabinetes os livros de Teologia, de História, etc. Há, porém, a Enciclopédia, e muitas outras bela obras. Fui depois ao Museum, que apenas merece este nome, pois consta principalmente de vestidos e armas dos índios, que inda que na Europa seja raridade, neste pais é uma coisa muito comum. Havia um navio feito de vidro: as cordas, e tudo o mais de vidro, que digno de ver-se. Havia 4 ou 5 quadrúpedes empalhados mas tão mal que não tinham mais que a pele de semelhante. Há, também, uma dúzia ou mais de vidros com espírito de vinho, onde estavam algumas cobrinhas naturais deste país conservadas. No tal quarto grande havia uma pequena linda colecção de minerais, que foi um presente que a terrível República (França), disse-me o Dr., fez a este colégio. Quando saí, estavam os estudantes à mesa, olhei da porta para o quarto, e o comer fedia em lugar de cheirar; as mesas eram muito porcas, os estudantes de chapéu na cabeça, etc. Disse-me o doutor que as despesas de um estudante não montavam a mais de 2 dólares por semana, e um papel que me deu, na conta que Stuart deu a um, são quase 9 dinheiros por quartel ou 3 meses; mas este não se loja no colégio. Fui depois a sua casa, que é defronte, e me mostrou uma pequena colecção de plantas secas, que tinha em um livro, coisa de 100 entre elas; havia bonitas e bem preservadas espécimes de Cassia Chamai Chista ou American Sonna; Poá, broom grassassium, assim chamado porque é de que fazem as bassoiras na América; Panicum Tenuflor, Elynus, Panicum Cirgatum, Arenlus Virginiana; Wild Horse Chesmet, – a raiz desta planta é usada em lugar de sabão, e lava melhor que nenhum outro álcali; Poligala Senaka, Rattle-Snoke-Root Ceanothus Americanus, New Jersey ba, Robinia Rhus Toxicodendron, Sophora Tinctoria, Wild Indigo, etc. Deu-me More-Sueto um copo de vinho, e disse-me que uma campainha que tocava chamava por ele, o que era mentira; em consequência me fui embora, etc. Entre as curiosidades do Museum havia uma grande escritura em um papel a que eles chamam characters ou Deighton Rochs, que estão gravados nestes rochedos e se supõem ser escritura dos índios.

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15 de Setembro de 1799

Boston tem duas grandes cordoarias ao pé do Mall. Fui à igreja dos católicos que é muito pequena. Prega em inglês um clérigo francês sobre a necessidade de chamar os padres quando se está para morrer. O padre sabia bem a língua, mas o acento era tão mau, e custava-lhe tanto a pronunciar, que mais trabalho tomaria em estudar a recitar que na composição da oração. Hoje, devia aqui fazer a descrição da cidade de Boston, mas omito porque a tenho impressa e metida no caderno de observações nº 5, no que posso fazer as emendas de cabeça. Fui passear na segem com as filhas do meu hóspede; passei pela ponte de Charles River, e depois saí de Charlestown Boston; apresentou uma linda vista, aí vi uma pequena quinta onde havia um velho que tem 22 vacas e há vinte e tantos anos que se levanta de manhã, muge as vacas, vai vender o leite no mercado de Boston e volta a jantar, a caiar, exercício que faz todos os dias impreterivelmente há vinte e tantos anos. Cheguei depois a Cambridge, vi o colégio por fora e voltei para a cidade pela outra ponte chamada de Cambridge; vi o novo edifício para a Work-House, de tijolo, na borda da praia, e bem extenso. À noite, me veio visitar o Dr. Brown com uma carta do Dr. Mitchell em que me recomendava e louvava a minha carta publicada no Medical-Repository. Perguntei a razão porque Charlestown era menor que Boston sendo mais antiga, e me disseram porque o porto não é tão bom e, segundo, porque há 20 anos foi todo queimado, o que se vê das casas que são todas novas. Boston sofreu também muito pelo terremoto que teve em 1727. Vi em algumas as grades de pau, que cercavam o jardim, pintado a pó de pedra ou areia grossa, que suponho ser a areia em lugar de tinta misturada com óleo e dessecante, o que faz parecer as grades, de pedra, dando-lhe uma linda aparência.

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14 de Setembro de 1799

Esta manhã, fui a Charlestown. Mr. e Senhora Donough me fez tais pesquisas sobre Coimbra que suponho quer mandar o filho para lá. Em Massachusetts cultivam, muitos lavradores, tabaco para o seu próprio uso; semeiam a Nicotina Tabacum (que vi dia 8) em bom estrumado terreno; quando começa a florescer cortam-lhe as espigas, a que chamam pick up the tops, e mesmo lhe tiram algumas folhas das mais chegadas ao chão, depois (por este tempo, uns e outros, na queda do ano) colhem as flores e põem nos barris a secar; estes barris são abertos, de modo que parte do dia recebem sol, e sempre ar. Um lavrador, que me deu esta instrução, me disse que se podiam colher as folhas em qualquer tempo antes das neves. Depois de seco o enrolam sem outro algum benefício.
Os pinhos de Weimouth são o mesmo que White Pine. Na aldeia deste nome não há pinho algum, e este nome se originou em Inglaterra do lorde Weimouth, mas os ingleses chamam a este pinho New-Inglarpine. Aqui usam fazer uma certa espécie de carrinhos de molas com as molas de um pau chamado ash (Sorbus-Americana). (Vide a pintura no caderno de observações nº 5, nota D.)
Hoje, jantei em casa de Mr. Me. Denough onde havia uma pequena companhia; estive lá até à noite.

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13 de Setembro de 1799

Hoje, fui tomar chá com a família de Hinclay e Messinger, de que falei; havia uma brilhante companhia. Todos os que sabiam cantaram alguma moda, homens e senhoras. A comida foi servida com vinho e maçãs de diversas qualidades, 3 ou 4 vezes: uma franqueza, afabilidade superior a tudo o que posso explicar. É chegado um navio de Lisboa aqui, outro a Filadélfia, cartas para mim nich.

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11 de Setembro de 1799

Esta manhã, fui ver Mr. M. Donogh, a Charlestown, para quem trazia uma carta de Mr. Bond. Este velho é o cônsul inglês aqui. Charlestown é uma aldeia que fica defronte de Boston, da outra parte do rio Charles; atravessa-se este rio, em uma ponte, que todos dizem ser a melhor dos Estados Unidos, ela tem 1.503 pés de comprido e 43 de largo; é toda de madeira, edificada sobre 75 marachões a que os americanos chamam piers; umpier é um cubo formado de grossos passos cheios de pedra e largado no fundo do rio; uma enfiada destes piers, com paus passados de uns aos outros, constitui esta ponte que custou 50.000 dólares, e que começa já a apodrecer. É de notar que foi feita em 1787. No meio há um alçapão que se abre para deixar entrar ou sair os barcos, mas suponho que é muito pouca a navegação deste ribeiro, porque não vi nele um só barco; é iluminada por 32 lampiões que contêm postos pelos lados; no meio da ponte há uns arquinhos nos quais estão escritos, de um lado, Suffolk, e de outro, Midlessex, denotando que Boston e a metade da ponte pertencem ao Condado de Suffolk, e que a outra metade, com a aldeia Charlestown, que lhe fica contígua, pertence ao Condado de Midlessex. De cada vez que passei a ponte paguei 48 réis ou 6 cêntimos, que me pareceram tão necessários como bem empregados. Depois de ter conversado insipidamente com o velho cônsul, fui só ao Bunker-Hill onde se deu a primeira batalha na revolução da América, e aí achei uma pirâmide com as armas dos pedreiros livres em cima, e com uma inscrição que devia ser erigida pela loge dos pedreiros- livres em memória do General Dr. Joseph Warren. (Nota: este homem nunca tinha sido militar, inda que tinha estudado a táctica teoreticamente, pois que a sua profissão era médica; eu falei com seu irmão que é um médico, Dr. Warren, professor em Cambridge, que foi morto na batalha,
naquele lugar, e que era, naquele tempo, Grande Mestre dos Maçons, de Massachusetts.) Voltei deste lugar e vi que a parte do rio Charles próxima a Boston faz uma enseada que estava cercada com um muro, e é uma grande presa para uns moinhos de serrar madeira, porém, esta água estagnada não pode deixar de ser muita nociva à saúde dos habitantes de Boston, pois que estava coberta com uma capa de vegetais podres. O campo nos arredores estavam coalhados de gafanhotos (Grilus Maxillosus). Fui depois a State-House; é um elegante edifício, bem regular, espaçoso e comodo; no pavimento estão as secretarias de várias repartições; no primeiro andar a sala dos Representantes, que redonda com os assentos em anfiteatro e cadeira de speaker, e no pavimento adiante, bem no centro deste círculo, os assentos dos escrivães ou secretários da casa; aqui há uma mesa e por baixo, em uma pequena estante, estão 6 volumes em fólio, cada um preso por uma corrente pregada na capa. Estes livros constam dos acórdãos e determinações
da Assembleia; o primeiro volume começa em 29 de maio de 1776, em Watertown, no Condado de Midlessex, quando se intitula Colónia de Massachusetts-Bay; e o 6º acaba em 1729. Os assentos todos estão cobertos com um dossel de ficurrl., (?) preso pelo centro e pendurado no meio da casa. A um lado está a sala do Senado, menor e não tão bem arranjada; sobre a porta desta sala está uma espingarda e um tambor ou caixa de guerra, e um capacete, que o general………………tomou aos ingleses na batalha de …………… e como ele era de …………… a mandou ao Estado de Massachusetts. Subi depois à cúpula ou zimbório, de onde se goza a vista de toda a vila de Boston-Baía, ilhas que formam a barra, Lighouse, etc., e tive o gosto de ver 180 vasos que saíam pela barra fora, todos chalupas, e barcos, que tinham sido detidos e acumulados no porto pelo mau tempo que durou 8 dias. Encontrei na rua Mr. Dickinson que me apresentou três ou quatro pessoas como a botânicos, e cada um deles negou sê-lo. A um que disse tinha uma boa coleção de plantas lhe perguntou ele: “Então para que nos impõe; é botânico, ou florista, ou o quê?” Fui depois ao banco, que tinha na porta da sala um papel com este rótulo: Keep your hats on if you please. A rua em que moro é State-Street, porque nela está a velha State-House, e no fim desta rua está o cais chamado Long-Warf, talvez a melhor coisa deste género que tenho visto na América; defronte desta rua está Court-Street, assim chamada porque nela está a casa dos tribunais, e ao pé, a cadeia; uma e outra não merecem alguma atenção. Work-House
não tinha mais que uma pessoa a trabalhar, e Alms House está de todo arruinada.
Na minha rua estão parados os negociantes a fazerem da rua Exchange ou Praça de Comércio, não havendo aqui um café de comércio regular como em New York e Filadélfia. As raparigas aqui passeiam muito em Malborough-Street, que tem mais os nomes de Cornhill, e …………… Street, vão também a Union-Street porque aí estão as loges de canquelharia.

À noite fui passear ao mole, onde encontrei algumas pessoas e muitas putas; o passeio é muito extenso, tem duas ruas formadas por três ordens de árvores bem copadas e, a um lado, um vasto campo sem árvore alguma, no fim do qual está a nova State House. A ponte que está em West Boston e passa por Cambridge é maior três vezes que a de Charlestown e feita exactamente com o mesmo risco e método; tem 3/4 de milha e comp. conseqnay é mais duma milha

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10 de Setembro de 1799

Hoje, fiz uma visita ao Dr. Dexter que me satisfez muito mal todas as questões que lhe fiz; deu-me dois folhetos que contém as publicações da Sociedade de Agricultura, etc., de Massachusetts; e segurou-me, o mesmo, que o Dr. Mittchel me disse não haverem minas nos Estados Unidos e nenhumas, absolutamente, em Hampshire, como diz Morse na sua geografia, etc. Disse-me que a casca mais usada nos curtumes era uma espécie de Hemlock (Pin Abies Americana), que tinha um gosto muito amargo, adstringente.
Disse-me que Batering-House ou Alms-House e hospital eram tão maus que me pedia não os fosse ver: o hospital é nada.

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9 de Setembro de 1799

A primeira coisa que fiz, depois d’almoço, foi perguntar quanto devia pagar por semana, e me disseram que 7 dólares por mim e nada pelo criado; fui, depois, entregar a Mr. Dickisson uma carta de Mr. Nond; tratou-me muito afavelmente e pouco depois me encontrou na rua e me apresentou ao Dr. Dexter como um homem de ciência.
Fui ao monte chamado Beacon-Hill onde está sobre uma coluna a águia americana, e, no pedestal, várias inscrições. À noite, fui tomar chá com a família de um capitão de navio, meu compassageiro de New York; o irmão era um chapeleiro, mas eu fui tratado com o maior respeito possível.

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