29 de Novembro de 1799

Na Rússia aconteceu a um sujeito que entrou em uma polida Assembleia, viu as regras e entre elas era: as senhoras não se embebedavam antes das dez horas. Eu vi em Filadélfia na City Assembly que na mais polida companhia os senhores não vieram de botas.

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28 de Novembro de 1799

O extraviador dos marinheiros aqui é um cabeleireiro que tem casa de pasto; chama-se Manuel José Salgado, tem um tio ou irmão prior da Freguesia das Mercês, em Lisboa, e outro procurador-geral do convento de Trinos.
Mr. Bingham veio ver-me esta manhã e é o primeiro de todos os a quem eu entreguei cartas. A obra que me emprestou o Mr. Hamilton tem por título: “Letters to sir Joseph Banks Baronet, President of the Royal Society on the subject of coxinnical insects, discovered at Madras by James Anderson M. D., etc. Madras, 1788”.

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27 de Novembro de 1799

As seguintes plantas merecem ser introduzidas no Brasil: Croton sebiferum – é muito vulgar na China, e de uma incalculável utilidade pelo sebo que produz; Rheum palmatium, que se supõem ser o verdadeiro Rhuibarbaro; há muito na América, cresce em chão rico, areento e barrento, não em situações úmidas; Morus papirifera, suponho ser desta árvore (é o Confervala rivulans, de que há grande abundância no Estado de New York) que o Mr. Libingston se descobriu o fazer papel.

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26 de Novembro de 1799

O Dr. Bush, que visitou a cidade Federal, disse que desde o Capitólio até à casa do Presidente havia bastante matérias para produzir muita febre amarela. Esta cidade foi também infectada
este ano.
Mr. Roxbury – suponho que o nome será Roxburgh – está para publicar em Inglaterra as suas observações nas Índias Orientais, onde compreende a descrição e cultura do bicho da seda, superior a tudo quanto se tem descoberto nesta matéria; esta obra se intitulará Flora Coromandeliana, e me dizem que não custará menos de 90 guinéus.

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25 de Novembro de 1799

Encontrei, à noite, com um almirante espanhol, em casa de Mr. Liston, chamado Mr. Donald; disse-me que havia no México um botânico chamado Jesse, ou Iesen, que estava para publicar algumas obras. Disse-me que a cochonilha se produzia na província de Guaxaba, no México, que apanhavam (quando a apanham para mudar de planta e aparam em um molho de linho cânhamo ou um certo gravatá, que serve para o insecto se pegar nele, e colocam entre as juntas dos cactos, logo depois produjos pequenos que entram a pegar-se à planta) os bichos rapando- os da planta com uma faca de pau, porque uma de ferro fazia uma ferida na planta e uma cicatriz dura onde o inseto não pode chupar; aparam-nos em um avental que trazem e os deitam depois em um vaso grande donde os conduzem a uma bacia d’água quente e aí os lançam para os matar, e depois os secam ao sol; não os torram, porque, na panela de torrar, os que ficavam por baixo, se torravam, queimavam, e faziam negros, antes que os de cima estivessem mortos, sendo muito difícil, com este método, dar a todos um igual grau de calor. Tiram três camadas cada ano. Os cavalos e bois comem o cacto e insecto, se sucede entrarem no Nopal.

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24 de Novembro de 1799

Jantei com Hamilton, onde obtive notícia da cochonilha, que escrevi, etc.

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22 de Novembro de 1799

Fui, hoje, entregar várias cartas de recomendação das do Buckley que entre elas foi a Binigham, que foi que me pareceu mais polido, senão o mais afável. Peale me disse que eram muito freqüentes os ossos da marmota, e que ele esperava mandar seu filho a recolher alguns e fazer um escalete inteiro.

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21 de Novembro de 1799

A pesca das baleias é feita principalmente pelos Estados de Nova Inglaterra, e regra comum é esta: o mercante prepara à sua custa o vaso, com todo o necessário de ferramentas e aparato da pesca, mantimentos, etc.; quando o navio volta, metade dos lucros pertencem ao mercante, a outra metade é dividida em porções das quais pertencem, tantas ao capitão, tantas ao piloto e tantas aos marinheiros, e isto segundo os ajustes.

Hoje, recebi dois ofícios do Sr. D. Rodrigo, um de 22 de maio de 1799, que servia para acompanhar as cartas de recomendação que o Cônsul Geral dos Estados Unidos em Lisboa deu em meu favor para diversas pessoas aqui, a petitório do Sr. Luís Pinto; outro ofício é de 30 de maio de 1799, e serve de me dizer que tem recebido as minhas cartas e dar-me novas ordens.

Veio me falar Antônio Joaquim da Silva, que me mostrou documentos com que me provou ter saído de Lisboa num paquete, digo, bergantim do rei, que ia de correio marítimo para Pernambuco; foi conduzido a Surinam, e depois de muitas voltas veio parar a Filadélfia, e mais um dos marinheiros que tinha por seu criado (José Ribeiro), este, vendo-se sem dinheiro, nem podendo subsistir, se foi meter a bordo de um vaso de guerra americano..., onde já prestou juramento de fidelidade aos Estados Unidos e se ajustou por um ano, recebeu dois meses de soldo com que pagou a estalagem por si e por seu amo e foi-se. António Joaquim procura passagem para Portugal, ou Londres, mas não acha quem lhe dê.

Fui informado que o ano passado as manufaturas de seda e algodão, de toda a casta, foram muito desvantajosas na Inglaterra devido isto à carestia do material em bruto.
Segundo as experiências de um americano, Mr. Bartram, os bichos de seda nativos da América, ou selvagens, como lhe chamam, têm qualidades superiores aos ………… europeus, porque: 1º, chocam os ovos mais cedo; 2º, não sofrem tão violentas moléstias como são as
periódicas, que os outros sofrem por três vezes, e em que morre uma grande quantidade deles; 3º, não são afetados pelos trovões, raios e tempestades; os mansos padecem infinito com os fenômenos elétricos que acontecem na atmosfera; 4º, os casulos pesam 4 vezes mais que os casulos dos bichos mansos, o que dá a entender que produzirá maior quantidade de seda. De tudo isto resulta que se deve animar a cultura dos bichos da seda no Brasil.

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17 de Novembro de 1799

Jantei em Germantown com um boticário e médico, Dr. Boton.

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16 de Novembro de 1799


Hoje, atendi a primeira lição de História nacional que deu o Mr. Peale, o proprietário do Museum, em que ele fez a descrição da sua vida dizendo que tinha começado por ser pintor, etc. Observei uma máquina de furar as bombas, que se pode ver no caderno de observações N. 6, N. B.

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15 de Novembro de 1799

Jantei em casa do ministro de Inglaterra, que me veio de manhã convidar e visitar pela primeira vez; lá me encontrei com um espanhol, Mr. Donald, que me disse que a cochonilha não produzia senão em um detrito do México, e que talvez não produzisse nos outros porque a não tinham experimentado, e que havia outras produções igualmente ricas; tal era o índigo, algodão, etc. Eu suponho que ele tinha saído da sala, e disse ao ministro da Inglaterra que eu nunca estava contente estando com um espanhol, ao mesmo tempo reparei que o outro estava na sala, e o ministro me ajudou a remendar o erro dizendo que não entendia aos particulares, etc.

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14 de Novembro de 1799

Hoje, me disse o secretário da legação inglesa que a razão porque o Presidente nomeou os enviados para a França foi porque seu filho, que está enviado em Berlim, lho aconselhou; este rapaz é um jacobino, e seu pai supõe nele uma grande capacidade, e confia principalmente nele.

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11 de Novembro de 1799

Listas das plantas que se usam na América para prados
artificiais:

Sweet-scented vernal-grass: Anthoxanthum odoratum.
Meadow-fox-tail grass: Alopecurus pratensis.
Smooth-stalk meadow grass: Poa trivialis.
Meadow-fescue-grass: Festuca pratensis.
Lerested-dog’s-tail-grass: Cynosurus cristatus.

A ordem porque florescem é esta, porque aqui se acham: o Alopecurus pratensis e o Poa trivialis são próprios das terras úmidas; o Anthoxanthum odoratum, e o Festuca pratensis, para terras mais secas ou moderadamente úmidas; o Poa trivialis e o Cynosurus cristatus, para pastos secos.

As melhores plantas que os americanos usam para prados artificiais são as que seguem, cuja bondade se pode contar na ordem em que se segue:

Talb-meadow-oato: Avena elatior.
Talb-fescue-grass: Festuca elatior.
Meadow-fox-grass: Alopecurus pratensis.
Meadow-soft grass: Holcus lonatus.
Timothy ou meadow cats tail grass: Phlenun pratense.
Rough-cocks-foot-grass: Dactylis flomerata.
English ou common rye grass: Lilimo, perenane.
Sweet-scented vernal-grass: Anthoxanthum odorat.
Ready-cima-cima arundinacea.
Broom-grass (duas espécies): Bromi.

Todos estes se devem semear com o Timothy em terreno que se possa orvalhar com facilidade. Mas, terras altas preferem ordinariamente o cloover (Trifolium pratense), lucerna (Medicago sativa), e saint-forn (Hedyoarum onobrychis).

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10 de Novembro de 1799

Fui ao Fuilhemand, que me mostrou os vestidos dos Fauls na Escócia, e me explicou o modo por que eles apisoavam o pano, etc. Disse-me que a Mrs. Bache tinha mandado perguntar ao Mr. Bond quem era o agente do chevalier de Freire, porque queria cobrar 5 th. em que importavam as rumas que lhe fizeram na casa, de chaves perdidas, fechaduras quebradas, etc. Jantei em casa do Hamilton.

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8 de Novembro de 1799

Remeti as minhas cartas para Lisboa pelo paquete inglês Janne, que foram remetidas a Falmounth, a Goerge Fox e Sons, com uma carta de Mr. Prise.

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6 de Novembro de 1799

Subscrevi na Aurora e paguei três meses.

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5 de Novembro de 1799

Entreguei ao Sodestron as cartas para Lisboa; tal não aconteceu porque o não achei em casa e as cartas ficaram.

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4 de Novembro de 1799

Em 1793 vieram para S. Vicente (que é uma pequena ilha ao pé da Martinica) 50 plantas da árvore do pão (é o Artocarpus Incisa), que o governo inglês mandou buscar a Otahito; eram de 8 polegadas até dois pés de alto; agora, estão quase todas as plantas de mais de 30 pés de alto, e de diâmetro, 3, até 3 ½ pés. Supõe-se que não poderiam resistir às tempestades (hurricanes), furacões de vento, do golfo México, mas tem-se achado que o lenho é muito compacto e resiste muito.

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1, 2, 3 de Novembro de 1799

Hoje, domingo, fui jantar à casa do Coronel Forest a Germantown, e por ele levado depois à casa de Mrs. Oldmixton, etc.

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1, 2, 3 de Novembro de 1799

Hoje, domingo, fui jantar à casa do Coronel Forest a Germantown, e por ele levado depois à casa de Mrs. Oldmixton, etc.

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